Resenha: Eu Estive Aqui - Gayle Forman

Sinopse: Quando sua melhor amiga, Meg, toma um frasco de veneno sozinha num quarto de motel, Cody fica chocada e arrasada. Ela e Meg compartilhavam tudo... Como podia não ter previsto aquilo, como não percebera nenhum sinal? A pedido dos pais de Meg, Cody viaja a Tacoma, onde a amiga fazia faculdade, para reunir seus pertences. Lá, acaba descobrindo muitas coisas que Meg não havia lhe contado. Conhece seus colegas de quarto, o tipo de pessoa com quem Cody nunca teria esbarrado em sua cidadezinha no fim do mundo. E conhece Ben McCallister, o guitarrista zombeteiro que se envolveu com Meg e tem os próprios segredos. Porém, sua maior descoberta ocorre quando recebe dos pais de Meg o notebook da melhor amiga. Vasculhando o computador, Cody dá de cara com um arquivo criptografado, impossível de abrir. Até que um colega nerd consegue desbloqueá-lo... e de repente tudo o que ela pensou que sabia sobre a morte de Meg é posto em dúvida. Eu estive aqui é Gayle Forman em sua melhor forma, uma história tensa, comovente e redentora que mostra que é possível seguir em frente mesmo diante de uma perda indescritível.

Autora: Gayle Forman                Gênero: Literatura Estrangeira; Drama

Editora: Arqueiro                        Edição: 1º edição/2015

Páginas: 240                                Título Original: I Was Were
Classificação: 6/6 - Favorito

Eu estive Aqui é mais um sucesso de Gayle Forman, autora de “Se Eu Ficar”- que também foi um sucesso tempos antes -. Inúmeras editoras brasileiras se dedicaram em nos trazer os sucessos da autora, e já temos traduzidas no Brasil as obras: “Para Onde Ela Foi”, “Apenas Um Dia”, “Apenas Um Ano”, e “O Presente do Meu Grande Amor”.

Meg e Cody eram aquele tipo de amigas inseparáveis e que planejavam um futuro melhor para as duas assim que terminassem o ensino médio, no caso seria sair da casa de seus pais e irem fazer faculdade em Tacoma. Porém Cody, filha de mãe solteira, não tinha dinheiro para tal e ficou em sua cidade natal fazendo faxinas e pequenos favores em troca de algum dinheiro. Meg conseguiu ir para Tacoma mas não conseguiu concluir o curso. As duas amigas trilharam caminhos diferentes, uma indo realizar o tão esperado sonho e a outra trabalhando como faxineira e tendo que aceitar as críticas destrutivas da mãe.

Nesse período de tempo Cody ficou super chateada porque não conseguiu nem o apoio de sua mãe para ir para a faculdade e acabou descontando na amiga suas raivas e chateações, tentaram se encontrar algumas vezes, mas nunca saía como esperado, por isso seus contatos acabaram se resumindo em apenas uma rara troca de e-mails quando lembravam. Meg ia cada vez de mal a pior, e Cody não estava lá para apoiar a amiga e nem conseguia imaginar que poderia está acontecendo algo com aquela garota sempre tão animada, amável e que tinha nas mãos tudo que queria.

Preciso fazer isso - fazer alguma coisa - sozinha. Por Meg. E por mim.

Meses depois chega a notícia na casa de Cody, Meg estava morta. Abalada demais com a notícia, Cody resume sua vida entre o trabalho, a desmotivação e investigar algum motivo para a morte inesperada da amiga.

Posso dizer que o livro me cativou do começo ao fim. Por não se tratar de um romance propriamente dito, nem de um drama cansativo. Cody não é a garotinha popular que se apaixona pelo cara gato da banda e nem procura chamar atenção das pessoas ao seu redor, ao contrário, ela procura sempre ficar no seu lugar. Outro ponto é que a menina poderia ter uma vida comum de adolescente, indo em festas, namorando e saindo com suas amigas. Porém, a vida de Cody parece com de um adulto fadado da vida, pois uma de suas únicas ocupações é procurar motivos para a amiga ter se matado e aceitando que sua vida depois da morte de Meg ficou pior do que já era.

Quanto à morte de Meg, achei super interessante a colocação do motivo no qual ocorreu o homicídio. Gayle aproveitou o contexto e falou sobre doenças psicológicas e como elas podem acabar com uma vida, juntamente com influencias da internet e de pessoas que conhecemos por ela. Quando assisti o filme "Se Eu Ficar" imaginei que a narrativa de Eu Estive Aqui fosse um tanto parecida, com sofrimento, perdas e um frenesi de emoções. Mas foi um tanto calma e contagiante, daqueles livros que você fica com gostinho de quero mais e esperando que não termine tão cedo.

Com certeza ele estará na minha lista de livros para ler daqui há algum tempo, e talvez eu até veja-o com outros olhos. Para quem nunca leu e quiser ler,a mensagem que o livro nos trás é linda, cativante e eu super recomendo! Não irão se arrepender, e talvez até se emocionem no finalzinho do livro, como eu.

Entrelaço meus dedos nos dele e começamos a andar. Rumo ao meu passado. Rumo ao meu futuro.